Cocteau Twins: A Banda que Criou um Mundo de Sonhos com a sua Música
Imagine uma banda que revolucionou a música com sua sonoridade etérea, suas letras misteriosas e sua vocalista incomparável.
Essa banda é o Cocteau Twins, uma das mais influentes e originais da história do rock alternativo.
Neste post, falaremos sobre o Cocteau Twins, uma das bandas mais originais e influentes da música alternativa dos anos 80.
Você conhecerá a história, os integrantes, a discografia e o legado dessa banda escocesa que criou um mundo de sonhos com a sua música.
Início da Jornada da Banda Cocteau Twins
Cocteau Twins foi uma banda influente de rock alternativo formada em Grangemouth, Escócia, em 1979.
A banda era composta originalmente por Elizabeth Fraser (vocalista), Robin Guthrie (guitarrista) e Will Heggie (baixista).
Posteriormente, Simon Raymonde substituiu Heggie como baixista em meados da década de 1980.
A música do Cocteau Twins era conhecida por suas texturas etéreas, letras evocativas e o vocal distinto de Fraser, frequentemente usado mais como um instrumento do que para transmitir letras concretas.
A banda ganhou destaque durante os anos 1980 e 1990, influenciando uma geração de artistas com seu som único e inovador.
Suas contribuições para o gênero dream pop e ethereal wave são particularmente notáveis.
Fatos Curiosos sobre a banda
O nome da banda foi inspirado por uma canção de um grupo francês chamado Johnny and the Self-Abusers, que depois se tornaria o Simple Minds.
O Cocteau Twins nunca teve um baterista fixo, mas usava uma máquina de ritmos programada por Guthrie.
Fraser criava suas próprias línguas e dialetos para cantar, misturando inglês, gaélico, francês e outras línguas.
Ela também foi convidada para cantar na trilha sonora do filme O Senhor dos Anéis, mas recusou por se sentir intimidada pelo projeto.
Elogio e Reconhecimento da Obra da Cocteau Twins
Segundo o site AllMusic, o Cocteau Twins foi uma das bandas mais distintivas e influentes a emergir nos anos 80.
O crítico Simon Reynolds, autor do livro Retromania, descreveu a banda como a mais sublime e transcendente expressão do romantismo na música pop.
A cantora islandesa Björk, uma das maiores fãs e admiradoras da banda, disse que o Cocteau Twins é a razão pela qual eu faço música.
Influência da Cocteau Twins
O Cocteau Twins foi uma banda que teve várias influências musicais ao longo da sua carreira, mas algumas das mais notáveis são:
Pós-punk, um gênero musical que surgiu no final dos anos 1970, caracterizado por uma sonoridade mais experimental, diversa e desafiadora do que o punk rock.
Bandas como Joy Division, Siouxsie and the Banshees e The Cure foram algumas das referências do Cocteau Twins nessa fase.
Ethereal wave, um subgênero do pós-punk que se destaca pela atmosfera etérea, melancólica e onírica, com uso de efeitos sonoros, sintetizadores e vocais suaves.
O Cocteau Twins foi um dos pioneiros e principais expoentes desse estilo, que também inclui bandas como Dead Can Dance, This Mortal Coil e The Chameleons.
Dream pop, um gênero musical que se desenvolveu nos anos 1980, influenciado pelo ethereal wave, mas com uma abordagem mais pop e acessível, com melodias cativantes, guitarras distorcidas e vocais doces.
O Cocteau Twins foi uma das bandas mais influentes e inovadoras do dream pop, que também abrange artistas como The Sundays, Mazzy Star e My Bloody Valentine.
No pós-punk, o Cocteau Twins com tons góticos e psicodélicos que marcaram os anos 80, com sua sonoridade melancólica, doce, enigmática e sombria. Ao lado de Dead Can Dance e This Mortal Coil, são aclamados como os precursores do estilo ethereal e dream pop, que combina melodias new wave com texturas sonoras ecoantes e vocais murmurados.
O Cocteau Twins influenciou diversos artistas de diferentes gêneros musicais, como Björk, Radiohead, The xx, FKA Twigs, Grimes, Sigur Rós, Lorde, Beach House, My Bloody Valentine e muitos outros.
Discografia do Cocteau Twins
O Cocteau Twins lançou nove álbuns de estúdio, um álbum colaborativo com o músico Harold Budd, e vários EPs e singles.
A seguir, estão listados os principais álbuns da banda, com as respectivas datas de lançamento e as músicas mais famosas de cada um.
Garlands (1982): O álbum de estreia do Cocteau Twins apresenta um som sombrio e gótico, influenciado pelo pós-punk e pela música industrial.
As músicas mais famosas são “Blood Bitch”, “Wax and Wane” e “Blind Dumb Deaf”.
Head over Heels (1983): O segundo álbum do Cocteau Twins mostra uma evolução no estilo da banda, com mais elementos de dream pop e ethereal wave.
As músicas mais famosas são “Sugar Hiccup”, “Musette and Drums” e “When Mama Was Moth”.
Treasure (1984): O terceiro álbum do Cocteau Twins é considerado um dos melhores e mais influentes da banda, com uma sonoridade rica e envolvente, e letras enigmáticas.
As músicas mais famosas são “Lorelei”, “Ivo” e “Persephone”.
Victorialand (1986): O quarto álbum do Cocteau Twins é um trabalho mais experimental e minimalista, gravado apenas por Fraser e Guthrie, sem a presença de um baixista.
As músicas mais famosas são “Lazy Calm”, “Fluffy Tufts” e “Oomingmak”.
The Moon and the Melodies (1986): O álbum colaborativo do Cocteau Twins com o músico Harold Budd é uma obra de ambient music, com melodias suaves e atmosféricas.
As músicas mais famosas são “Sea, Swallow Me”, “She Will Destroy You” e “The Ghost Has No Home”.
Blue Bell Knoll (1988): O quinto álbum do Cocteau Twins marca o retorno de Raymonde como baixista, e o primeiro lançamento da banda pela gravadora Capitol nos Estados Unidos.
As músicas mais famosas são “Carolyn’s Fingers”, “Cico Buff” e “Blue Bell Knoll”.
Heaven or Las Vegas (1990): O sexto álbum do Cocteau Twins é o mais bem-sucedido comercialmente e o mais aclamado pela crítica, com um som mais pop e acessível, e letras mais compreensíveis.
As músicas mais famosas são “Heaven or Las Vegas”, “Cherry-Coloured Funk” e “Iceblink Luck”.
Four-Calendar Café (1993): O sétimo álbum do Cocteau Twins é um trabalho mais simples e direto, refletindo os problemas pessoais e profissionais que a banda enfrentava na época.
As músicas mais famosas são “Evangeline”, “Bluebeard” e “Know Who You Are at Every Age”.
Milk & Kisses (1996): O oitavo e último álbum do Cocteau Twins é um retorno ao som mais etéreo e complexo da banda, com algumas influências de música eletrônica.
As músicas mais famosas são “Tishbite”, “Violaine” e “Seekers Who Are Lovers”.
Fim da Jornada do Cocteau
Após sua dissolução em 1997, os membros seguiram caminhos separados na música e em outros empreendimentos artísticos.
Elizabeth Fraser: A vocalista do Cocteau Twins continuou a sua carreira musical, colaborando com vários artistas, como Massive Attack, Craig Armstrong, Yann Tiersen, Peter Gabriel e The Future Sound of London.
Ela também lançou alguns singles solo, como “Moses” e “Underwater”. Em 2009, ela fez a sua primeira turnê solo, apresentando canções novas e antigas.
Em 2012, ela participou do festival Meltdown, organizado por Antony Hegarty, e cantou uma versão de “Song to the Siren” com o próprio Hegarty.
Em 2018, ela lançou uma nova canção, “Loom”, em parceria com o músico escocês Jóhann Jóhannsson.
Robin Guthrie: O guitarrista e produtor do Cocteau Twins seguiu uma carreira prolífica, lançando vários álbuns e EPs solo, como Imperial, Carousel, Emeralds e Fortune.
Ele também formou uma nova banda, Violet Indiana, com a cantora Siobhan de Maré, e lançou três álbuns com eles: Roulette, Russian Doll e In the Flesh.
Além disso, ele colaborou com outros músicos, como Harold Budd, John Foxx, Mark Gardener e Ulrich Schnauss.
Ele também compôs trilhas sonoras para filmes, como Mysterious Skin, 3:19 e Last Days.
Simon Raymonde: O baixista e multi-instrumentista do Cocteau Twins se dedicou principalmente à sua gravadora, Bella Union, que fundou em 1997 com Guthrie.
Ele também lançou um álbum solo, Blame Someone Else, em 1997, e formou uma nova banda, Snowbird, com a cantora Stephanie Dosen, em 2014.
Ele também colaborou com outros artistas, como The Czars, The Duke Spirit, James Yorkston e Lanterns on the Lake.
Em 2017, ele formou um novo projeto, Lost Horizons, com o baterista Richie Thomas, e lançou dois álbuns: Ojalá e In Quiet Moments.
O Cocteau Twins foi uma banda que marcou época e deixou um legado inestimável para a música.
Suas canções são capazes de nos transportar para um mundo de sonhos, beleza e emoção.
Se você ainda não conhece o trabalho dessa banda incrível, eu recomendo que você ouça os seus álbuns e se deixe envolver pela magia do Cocteau Twins.
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