CrimeOf The Century a marca definitiva do Supertramp no meio musical
Supertramp: a história de uma banda que viajou pelo mundo com sua música
Supertramp é uma das bandas mais famosas e influentes do rock progressivo e pop rock. Mas você sabe como ela surgiu e quais foram os seus principais momentos?
Neste post, vamos contar a trajetória de Supertramp desde o seu início até o seu auge.
O começo: de Daddy a Supertramp
Tudo começou em 1969, quando o tecladista Rick Davies conheceu o vocalista e guitarrista Roger Hodgson em uma audição.
Eles decidiram formar uma banda chamada Daddy, junto com o baixista Richard Palmer e o baterista Robert Millar. O nome Daddy era uma referência ao pai de Rick, que os apoiava financeiramente.
No entanto, eles logo perceberam que o nome não era muito atraente e resolveram mudá-lo para Supertramp, inspirados pelo livro The Autobiography of a Supertramp, do escritor galês W.H. Davies.
O livro conta a história de um andarilho que vive aventuras pelo mundo. Supertramp significa um super sem teto, um mendigo nômade.
Em 1970, eles lançaram o seu primeiro álbum, intitulado simplesmente Supertramp. O disco tinha um som progressivo e experimental, misturando rock, jazz, folk e música clássica.
Apesar da qualidade musical, o álbum não teve sucesso comercial e foi ignorado pelo público e pela crítica.
O mesmo aconteceu com o segundo álbum, Indelibly Stamped, lançado em 1971. Neste disco, a banda tentou um som mais pop e acessível, mas também não conseguiu atrair a atenção.
Foi então que Rick e Roger decidiram reformular a banda e trocar os outros integrantes.
O sucesso: de Crime of the Century a Paris
Em 1973, Supertramp ganhou uma nova formação, com a entrada do baixista Dougie Thomson, do baterista Bob Siebenberg e do saxofonista John Anthony Helliwell.
Com essa equipe, eles produziram um novo álbum que seria o divisor de águas na carreira da banda: Crime of the Century.
Lançado em 1974, Crime of the Century foi um sucesso de crítica e de público. O disco tinha canções marcantes como Dreamer, Bloody Well Right e School, que mostravam a habilidade dos músicos e a harmonia entre as vozes de Rick e Roger.
O álbum também tinha uma produção caprichada, com arranjos orquestrais e efeitos sonoros.
A partir daí, Supertramp se consolidou como uma das bandas mais populares do mundo, lançando outros álbuns aclamados como Crisis? What Crisis? (1975), Even in the Quietest Moments (1977) e Breakfast in America (1979).
Este último foi o mais vendido da banda, com mais de 20 milhões de cópias, e continha hits como The Logical Song, Goodbye Stranger e Take the Long Way Home.
Para registrar o sucesso dos shows ao vivo, Supertramp lançou em 1980 um álbum duplo chamado Paris, com as gravações das apresentações de novembro de 1979 na capital francesa.
O disco se tornou um marco nas gravações ao vivo, pela qualidade do som e pela performance da banda.
O declínio: de Famous Last Words a Hollywood Rock
Após o lançamento de Paris, Supertramp entrou em uma fase de crise interna. Rick e Roger começaram a ter divergências musicais e pessoais, cada um querendo seguir um caminho diferente.
Mesmo assim, eles ainda conseguiram lançar mais um álbum juntos: Famous Last Words (1982), que tinha como destaque a canção It's Raining Again.
Em 1983, Roger Hodgson anunciou a sua saída da banda para seguir carreira solo. Rick Davies decidiu continuar com Supertramp sem ele, recrutando novos músicos para ocupar o seu lugar.
Em 1985, eles lançaram Brother Where You Bound, um álbum mais sombrio e político, que teve uma boa recepção da crítica.
Em 1987, eles lançaram Free as a Bird, um álbum mais leve e pop, que teve uma recepção morna. No ano seguinte, Supertramp desembarcou no Brasil para participar do festival Hollywood Rock, junto com outras bandas como Duran Duran, Simple Minds e UB40.
Eles fizeram shows no Rio de Janeiro e em São Paulo, sendo que este último foi o show da banda com o maior público em toda a carreira, com cerca de 200 mil pessoas.
O legado: de Some Things Never Change a 70-10 Tour
Depois do Hollywood Rock, Supertramp entrou em um longo hiato, só voltando a lançar um álbum em 1997: Some Things Never Change, que retomava o som progressivo dos primeiros discos. Em 2002, eles lançaram Slow Motion, que seria o último álbum de estúdio da banda até hoje.
Em 2010, Supertramp fez uma turnê comemorativa dos 40 anos de carreira, chamada 70-10 Tour. A turnê passou por vários países da Europa e da América do Norte, mas não contou com a presença de Roger Hodgson, que continuava em carreira solo.
Desde então, a banda não fez mais shows nem lançou mais discos.
Supertramp é uma banda que marcou a história da música com suas canções criativas, emocionantes e inteligentes.
Suas letras abordavam temas como a sociedade, a religião, o amor e a busca pelo sentido da vida. Suas melodias combinavam elementos de vários estilos musicais, criando um som único e original.
Suas vozes se complementavam, transmitindo sentimentos e emoções. Supertramp é uma banda que viajou pelo mundo com sua música e que ainda hoje inspira milhões de fãs.
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